STORYTELLING. VAMOS FALAR AO CORAÇÃO DAS PESSOAS.
Compilado especialmente para você por:
RONALD CAVAGNOLI SOARES
Pois se não sabe, é hora de descobrir que já estamos vivendo a revolução do storytelling corporativo.
O storytelling é a resposta ao novo momento em que as pessoas são informadas, questionadoras e independentes como nunca.
Neste cenário, as pessoas valorizam muito mais as conclusões às quais chegam por conta própria, diz Annete Simmons, autora do livro The Story Factor.
Já em 2004, Kevin Roberts ensinava que uma Lovemark se constrói sobre 3 pilares, onde um deles é o mistério, a capacidade de contar e recontar grandes histórias, explorar sonhos, mitos e ícones.
No âmbito nacional, já se passam 15 anos desde que as empresas passaram a contratar pessoas com forte capacidade narrativa, como uma poderosa ferramenta de comunicação, liderança e transformação pessoal.
Então dê adeus às listas, planilhas, slides de Powerpoint, argumentos e treinamentos puramente técnicos e discursos chatos. Ouvir histórias, onde um personagem tem um problema para resolver com poucos recursos, enfrentando obstáculos e precisando tomar decisões difíceis, baixam nossa guarda intelectual, erguida quando lemos ou ouvimos argumentos factuais que nos deixam críticos ou céticos, e deslocam-nos para o plano emocional.
Isso é exatamente o que as organizações de todas as naturezas precisam em um mundo de excesso de competição e falta de atenção.
Você não pode ordenar às pessoas que sejam mais criativas ou comecem a amar o que fazem, diz Paul Smith, autor de Lead With a Story. Mas uma boa história, capaz de criar uma conexão emocional, tem o poder de:
- Inspirar e mobilizar pessoas em torno de um objetivo comum;
- Fazer entender quem somos, de onde viemos e para onde vamos;
- Clarificar uma visão de futuro e mostrar o caminho;
- Estimular a criatividade e a inovação;
- Ensinar lições importantes e fixar melhor o conhecimento;
- Formalizar a cultura de uma organização;
- Mostrar como solucionar problemas;
- Estimular o espírito de equipe e definir lideranças;
- Ampliar a retenção de marcas;
- Vender produtos e serviços.
É natural e parte da história humana contar e ouvir histórias. Há seis mil anos, histórias eram contadas em pinturas rupestres. Crescemos ouvindo histórias e atualmente as contamos e lemos diariamente nas redes sociais. Mas história precisa fazer sentido, ter início, meio e fim e, acima de tudo, ser verdadeira, uma peça de compromisso e de responsabilidade ao provocar mudanças.
Uma história não é uma simples sucessão de fatos, mas gira em torno de um conflito e mostra como ele se resolve, expressa como e porque a vida muda.
Paul Smith, em seu livro, ensina como estruturar uma história para ser eficiente e persuasiva.
- Inicie contextualizando;
- Use metáforas e analogias bem escolhidas para tornar a história impactante;
- Emocione. As pessoas tomam decisões majoritariamente baseadas em emoções;
- Seja específico e concreto. Use personagens reais de carne e osso para que as pessoas se identifiquem;
- Inclua uma surpresa. Isso melhora a retenção da mensagem.
- Use um estilo narrativo conciso, vá direto ao ponto e use estrutura simples. Uma história corporativa deve ter no máximo 5 minutos;
- Encontre uma oportunidade para criar uma cena em que os ouvintes possam participar, assim recebem a história como um pressente e não uma imposição.
BRANDSTORYTELLING
No âmbito do marketing e do branding estratégico, o storytelling surge como a ferramenta mais importante e é amplamente utilizado por grandes marcas para produzir experiências com impressões duradouras. É contando histórias que a marca mostra aquilo que pode fazer de único, conectando emocionalmente seus clientes. O storytelling transforma informação em significado e proporciona efeito buzzmarketing, pois quando sensibiliza, as pessoas passam a compartilhar e a mensagem se amplifica. Passa a ter efeito viral.
É sabido que nossos ouvidos se fecham ao ouvir mensagens de marketing, mas quando contamos histórias conseguimos tempo para escutar, para saber o que vem a seguir. É muito provável que você mesmo já tenha se deliciado com histórias corporativas e compartilhado em seu Facebook ou Twitter.
A agência global de publicidade Saatchi&Saatchi, de Kevin Roberts, considera tão importante o storytelling que fomenta uma reunião trimestral onde grupos de 20 funcionários de localidades diversas, que não se conhecem nem trabalham juntos. À metade deles pede-se que contem uma história de como inspiraram alguém no trabalho e, à outra metade, que contem histórias de como foram inspirados e por quem.
STORYTELLING E MARKETING 2.0
A jornalista Rachel Lamb, em Luxury Daily de março de 2012, analisa como as marcas de luxo Louis Vuitton, Lexus, Tiffany e outras aprenderam a utilizar a linha do tempo do Facebook para criar histórias atraentes para seus fãs. A Burberry utiliza a linha do tempo para conectar-se com consumidores pelo código da cultura pop. Os usuários podem navegar pela linha do tempo e apreciar diversos filmes nos quais atores famosos usam roupas da marca.
São formas de permitir que o cliente possa interagir, opinar, trazer seus exemplos. Desde que começou a utilizar as redes sociais, a Burberry teve o valor de suas ações incrementadas em 750%.
Que história você tem para contar?
Fontes:
HSM Management - julho/agosto 2103
Lovemarks - O futuro além das marcas - Kevin Roberts - Editora M. Books.
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